Os dados de desmatamento do INPE estão corretos?

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Devido aos últimos acontecimentos eu tenho percebido que muitas pessoas fazem essa pergunta de que será que os dados de desmatamento do INPE estão corretos?

Sendo franco e honesto: não é questão de fé, de boa fé ou de ponto de vista. Os dados que o INPE levantam de desmatamento são cientificamente suportados por centenas de artigos que a equipe técnica desenvolveu ao longo desses anos. Devemos parar e pensar se faz sentido questionar a legitimidade dos dados ou pensar se de fato estamos tendo desmatamento na amazônia, seja ele legal ou ilegal.

O maior problema disso tudo é que mais um vez se faz uma polarização de opiniões e nessa polarização quem perde é a ciência brasileira, sobretudo que está fortemente envolvida com sensoriamento remoto e pelo outro lado o agro que sempre é o culpado pelo desmatamento pelo senso comum.

Um problema sério como esse deve ser encarado com calma por toda a sociedade. Não adianta torcer para que o INPE esteja certo ou errado, não adianta torcer para que os fazendeiros sejam criminosos. Devemos parar e pensar porque esse movimento está ocorrendo em um país com quase 100 milhões de hectares de terras degradadas e abandonadas. Será que é de fato necessário derrubar uma árvore sequer na amazônia para que o agro continue sendo cada vez mais competitivo? Eu tenho certeza que não! Podemos ser destaque em agricultura, em preservação, em ciência, em quase tudo, basta apenas que exista um pacto pela verdade e um pouco menos de torcida para que alguém esteja errado.

Não culpe o INPE sem conhecer seu trabalho fantástico. Não culpe o agro por ser cada vez mais importante para o país e não culpe quem desconhece o assunto, apenas faça sua parte e mostre a verdade a todos! Dessa forma conseguiremos ter um país de fato relevante no cenário mundial.

O que você acha? Concorda ou discorda?

2 COMENTÁRIOS

  1. Bem pontuado, Daniel. Devemos conhecer a metodologia antes de atacar os resultados. A importância da Amazônia para o agronegócio é incontestável. Além dos serviços ecossistêmicos que são provenientes da floresta e que permitem melhores condições para produzir, a confiança do mercado internacional na produção sustentável do Brasil depende da fiscalização e redução dos níveis de desmatamento. Abçs

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