Estatística aplicada à gestão agrícola

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A era da informação, mais conhecida como a era digital é o período em que vivemos, ela surgiu com a descoberta e utilização de transistores que possibilitou o desenvolvimento de computadores e diversos equipamentos eletrônicos. Esse pequeno componente eletrônico é considerado por muitos como umas das maiores e mais importantes descoberta do mundo moderno.

A era da informação está ligada aos avanços tecnológicos que o mundo vem sofrendo nestes últimos anos logo após a terceira revolução industrial. Tudo isso podemos perceber e sentir na velocidade de comunicação, quantidade de dados e informação na rede mundial de computadores.

Na agricultura não é diferente, existe uma base enorme de dados gerados e constantemente coletados como condições climáticas (precipitação, velocidade do vento, umidade, temperatura) pelos institutos de meteorologia do governo federal.Atualmente, as fazendas do tipo 4.0, possuem enorme base de dados coletados de produtividade da lavoura, utilização de insumos, índice de ataque de pragas, dados pluviométricos, dados das operações do maquinário agrícola, rendimento de trabalho operacional, consumo de combustível, custos de reparo e manutenção, gastos com funcionários e muito mais. Repare que na agricultura moderna, tudo é anotado e controlado gerando enorme base de dados.

A pergunta é, será que todos estes números são utilizados para algo efetivo? É claro que para os principais itens sim, mas e para os dados que não parecem tão óbvios, como poderíamos utilizá-los para uma tomada de decisão. Como dizem por aí, dados são apenas números, quando sabemos tratá-los e processá-los, elas se transformam em informação, e a informação é o que nos ajudam na tomada de decisão.

Para a tratativa dos dados, temos as inúmeras ferramentas estatísticas. Então vamos ao exemplo: Suponha que temos dois tratores que trabalham o turno diário de 8 horas e com coletas de dados de consumo, durante 15 dias de trabalho teremos então 15 dados para cada trator. Considerando que possuem mesma potência e realizam mesmo tipo de operação no mesmo lote.  A forma de coleta de dados é que, ao final do turno ambos os tratores são abastecidos até completar o tanque e anotado o volume de combustível. Os resultados foram:

A média do trator A é de 51,07 e o do trator B é de 58,90 litros por turno de trabalho. Diríamos que o trator B consome mais do que o trator A, na média podemos afirmar que sim, então a tomada de decisão é que na renovação da frota de tratores o trator B é o próximo da lista???

Vejamos então estatisticamente que, ao aplicarmos o teste t de Student ou o teste de hipótese, considerando a hipótese nula H0: B – A = 0 (tratores A e B são iguais) e a hipótese alternativa H1: B – A > 0 (trator B > trator A)

Considerando um nível de confiança de α = 0,05 aceitamos a hipótese nula (valor-p > α) e confirmamos que não existe diferença estatística no consumo de combustível entre os tratores A e B, ao contrário do que o nosso senso comum acreditaria. O gráfico Boxplot ilustra os valores da mediana e dos quartis que dão a ideia de posição, dispersão, assimetria, cauda e dados discrepantes (outliers).

Na Fazenda 4.0, onde os dados são coletados praticamente em tempo real devidos aos  aplicativos e softwares que fazem o controle de máquinas, gestão de frotas, controle de estoques e ferramentas, tornam o setor cada vez mais tecnológico, para todo esse volume de conhecimento e informação, o setor exige um profissional mais qualificado para uma tomada de decisão mais acertiva, com embasamento teórico e conhecimento em ferramentas de análises.

A Inteliagro e a Fazenda 4.0 possuem equipes capacitadas para a solução no campo. Venha nos consultar!

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